1 de julho de 2012

Existem mais de 33.800 denominações PROTESTANTES

            Nosso tempo é marcado pelo apogeu das heresias e pela indústria da falsificação da Palavra de Deus. Tudo isso se deve ao capitalismo da Teologia da Prosperidade, ao mundo Gospel e ao Culto à celebridade dos líderes religiosos de tais movimentos.
          Os falsos pregadores da palavra de Deus têm tomado quase todo espaço dos verdadeiros ministros do evangelho libertador. Estão em quase todo o seguimento social. 
            Bons pastores com as suas boas ovelhas sofrem com esses mercenários pregadores que adentram em nossos lares perturbando a nossa mente com a suas heresias.
            Todo o crente rebelde e sem caráter tem nesses pregadores seu verdadeiro pastor e ídolo.  
             Alguns pregadores que falsificam a palavra do Senhor – principalmente pela TV e rádio – são escândalos para os pregadores honestos para a Igreja e para o mundo.
             A imagem que fica desses pregadores da mídia com seu luxo, glamuor,riqueza, soberba e poder mundano são de comerciante da religião. 
            Tudo isso prejudica demais a propagação do evangelho verdadeiro e macula a imagem dos verdadeiros homens de Deus.
            Diz o pastor e teólogo Lourenço Stelio Rega: “Alguns pregadores desejam tomar posse da alma dos telespectadores como se conquistam um bem ou um produto”. Na realidade muitos demonstram estar interessados no bolso do futuro ‘’converso’’. Pregam o Evangelho e vende a salvação como se fosse mercadoria’’


A "MÃE" DE TODO DESVIO
     
             Existem mais de 33.800 dominações protestantes, segundo o pesquisador e ex-missionário protestante americano Dave Armstrong.
            A poderosa indústria de falsificação da sagrada revelação do Senhor Deus é a maior corrupção e escândalo na história do cristianismo.
             Quantas traduções heréticas e interpretações maléficas. Como é vergonhoso o comércio da Bíblia. Ela é usada como a base para fundamentar a interpretação das doutrinas de homens, do demônio e dos dízimos e ofertas, com intuito de fazer a cabeça dos membros e dos visitantes a serem doadores em troca de bênçãos.
            O dízimo foi uma prática da Lei do Antigo Testamento e nós vivemos na Era da Graça de Cristo do Novo Testamento. Jesus, os apóstolos e principalmente Paulo, o maior teólogo escritor e missionário da Igreja de Deus, nunca ensinaram tal prática. A citação de Mt 23,23 está  fora do contexto da Nova Aliança, Cristo apenas recorda a Lei para os escribas fariseus, da mesma forma Hebreus  capítulo 7.
           O modo mais fácil de enganar e roubar o povo são em nome de Deus. As seitas crescem, falsos profetas e falsos pregadores ficam ricos com a falsificação da Bíblia, porque estão dentro do contexto da Sentença Latina: “VULGUS VULT DÉCIPI” – O POVO QUER SER ENGANADO OU GOSTA DE SER ENGANADO’’. Já foi profetizado pelo grande apóstolo de Cristo São Paulo que esses pregadores: “são lobos vorazes que não pouparão o rebanho e com pregações pervertidas” (Atos 20, 29.30).
            Hoje os tempos são mais belos e maiores para melhor comercializar em nome de Jesus. Onde está escrito no Novo Testamento a ordem de construir caríssimos templos? Fundar e dar nomes as denominações? 
            O filósofo francês Luc Ferry disse: ‘’O capitalismo globalizado foi que no fim das contas, liquidificou e liquidou os valores tradicionais, ao exigir que tudo desemboque na lógica de mercado. É por causa do capitalismo globalizado que não existem mais ideais transcendentais e tudo se torna mercadoria. Pois, no mundo de hoje, nós consumimos de tudo, não simplesmente computadores e automóveis, mais também consumimos cultura, religião, escola, política, etc.
            Depois do liberalismo teológico, dos cismas, é hoje a teologia da propriedade a pior heresia, na igreja pós-moderna. Ela é a mãe de todo o desvio eclesial, pastoral e teológico.
            Existe hoje uma tremenda incompatibilidade de comunhão entre os pastores devido à famigerada teologia da prosperidade e seu espaço nas denominações neopentecostais e até em denominações ditas históricas. Que o diga os pastores sérios e pobres que não podem participar de grandes e caríssimos eventos. Os pastores ortodoxos e pobres são excluídos dos ricos “pastores”, “bispos”, “apóstolos” com seus megatemplos.
                                            

 CONCLUSÃO


             “O mundo virtual estimula a criação de aparência sem conteúdo próprio’’, afirma a antropóloga Paula Sibilia no seu livro  “O Show do Eu’’. 

              Cada vez mais é preciso aparecer para ser. A espetacularização tornou-se um modo de vida’’ diz Paula  Sibilia. 
              Os pregadores da teologia da prosperidade e do mundo gospel estão dentro do ‘’reality shows’’.
              São toneladas de lixo virtual dos ensinamentos desses pregadores fraudulentos do evangelho da saúde, da riqueza e do triunfo. 
              Seu modo de vida é de um teatro barato sem conteúdo e sem respeito para com Deus e sem para com seu semelhante. Sua espiritualidade é virtual. 
             Esses pregadores só querem aparecer, esnobar, brilhar mais do que o Sol e promover a sua imagem com intenção de moeda de troca.
            A teologia da prosperidade tem o seu papel principalmente de desembocar, desprende no ser humano a ambição, a ganância e a idolatria pelas coisas terrenas. 
            O mundo virtual, a onda gospel, a teologia da prosperidade com a sua falsificação da palavra de Deus são as nossas terríveis desgraças eclesiais e seculares atuais. 
            Hoje mais do que nunca devemos atentar para sábias palavras  do nosso Mestre e o Senhor Jesus de Nazaré: “Atenção para que ninguém vos engane. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: O Cristo sou eu, enganarão a muito’’. “E SURGIRÃO MUITOS FALSOS PROFETAS E ENGANARÃO A MUITOS” (Mt 24,4.11).




Pe. José Inácio do Valle
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
E-mail.: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com